Filmes

HARRY POTTER E O CÁLICE DE FOGO

Harry Potter e o cálice de fogo

HARRY POTTER E O CÁLICE DE FOGO é um post que pretende mostrar que atitudes daqueles que pensam nos outros, antes de si próprio, levam ao contato e à comunicação com o mundo “espiritual”.

HARRY POTTER – O SAGRADO E O PROFANO

A escola Hogwarts é formada basicamente por dois grupos. De um lado, o que se utiliza de um ”portal” para manter contato e comunicar-se com o mundo do “alto”, do céu, do sagrado, da luz e do espiritual.

De outro, o que se utiliza do mesmo ou, de outro “portal” para manter contato e comunicar-se com o “submundo”, com o inferno, com o profano, com as trevas e com o material. Este grupo tem como “símbolo” a serpente Nagini.

Não é difícil concluir que esses dois grupos vivem em constante atrito. Também não é difícil concluir que o grupo que conseguir dominar o outro aumenta a sua influência sobre as diretrizes da escola.

O CÁLICE DE FOGO DE HARRY POTTER

O cálice representa o “meio” pelo qual esses dois grupos pretendem alcançar o propósito de estabelecer contato e comunicar-se com o “mundo” que interessa a cada um deles.

Por isso, ocupa um lugar altamente relevante no contexto do filme. Ele representa o “centro”, o ponto “fixo” por onde tudo começa. Por isso, é em torno e em função dele, que todo o enredo se desenvolve de forma correta e organizada. Ele é o ponto de referência do filme.

Não obstante, como o cálice é um modelo arquetípico, isto é, um exemplo perfeito, duradouro e estável, como tal, precisa ser seguido e, mais precisamente, “imitado”.

Alvo Dumbledore e seus assessores sabem disso. Sabem também que a escola está toda estruturada e “apoiada” sobre o modelo arquetípico do cálice. Daí a realização do torneio, seguindo esse modelo.

O MODELO ARQUETÍPICO DO CÁLICE

Esse modelo tem a sua borda, na parte de cima e a base que o sustenta, na parte de baixo. Entre elas, o bojo e a haste. Para cima da borda do cálice (portal) estão as forças do “alto”, do céu, do sagrado, da luz, do espiritual.

Essas forças têm como símbolo o elemento “fogo”. Para baixo da base do cálice (portal), as forças do “submundo”, do inferno, do profano, das trevas, do material. Essas forças têm como símbolo o elemento “terra”.

O cálice tem duas regiões, entre a borda e a base. A primeira região vai desde a borda até o final da região do bojo. Ela corresponde ao elemento ar. É esse elemento que mantém a chama do cálice acesa.

A segunda, vai do início da região da haste até a base. Essa região corresponde ao elemento água. É esse elemento, que é responsável pela “sustentação” da base do cálice.

Quando há equilíbrio entre esses dois elementos, o cálice não entra em colapso e, por consequência, a escola também não.

Harry Potter  e o cálice de fogo - figura elucidativa
Harry Potter e o cálice de fogo – figura elucidativa

HARRY POTTER, O CÁLICE DE FOGO E O PROCESSO DE ESCOLHA

Quando esses dois elementos (ar e água) estão em perfeito equilíbrio, o processo de escolha, de cada um dos aspirantes ao torneio, cujos nomes por eles passam, assim como daqueles escolhidos, é confiável.

Ao contrário, significa que o processo não está imune às “arapucas”, às “armadilhas” e às “fraudes” e, portanto, não é confiável.

Importante lembrar que Harry Potter, pela sua idade, não pode participar do torneio. Não obstante, Voldemort, juntamente com Rabicho e Bartolomeu Crouch Jr., colocam o nome dele no cálice. Por meios escusos e, aproveitando-se de um desequilíbrio momentâneo entre esses dois elementos (água e ar), porque só assim isso seria possível.

Vale destacar também que Harry Potter é o único que sobreviveu à terceira maldição imperdoável de Voldemort: A “Aveda Kedrava”. O que pode justificar a ira de Voldemort em destruí-lo e, consequentemente, destruir o contato e a comunicação de seu grupo com o mundo do “alto”, do céu, do sagrado, da luz, do espiritual.

Finalmente, não é difícil discernir a forma pela qual Voldemort quer alcançar seu objetivo, qual seja, desequilibrando a relação entre os elementos ar e água, através do torneio Tribruxo. E, consequentemente, desestabilizando a escola e procurando ter o domínio sobre as suas diretrizes.

Leia também: UM CONTO DE NATAL – PARTE I

Harry Potter e o cálice de fogo - a figura mostra Harry Potter e sua varinha mágica.
Harry e o cálice de fogo e sua varinha mágica

HARRY POTTER E O CÁLICE DE FOGO – PROVAS DO AR E DA ÁGUA

Como já foi dito, o cálice tem duas regiões, entre a borda e a base. A primeira vai desde a borda até o final da região do bojo. Ela corresponde ao elemento ar. É esse elemento que mantém a chama do “alto” acesa.

É “imitando” essa região arquetípica do cálice que se trava a batalha contra os dragões, pelo ar. Qualquer desequilíbrio pode apagá-la ou aquecê-la em excesso. Os dragões vencendo a prova, as consequências são trágicas. O que não aconteceu.

A segunda, vai do início da região da haste até a base. Essa região corresponde ao elemento água. É esse elemento que sustenta a base do cálice.

Por sua vez, é “imitando” essa região arquetípica do cálice que é travada a batalha contra os monstros marinhos, pela água. Qualquer desequilíbrio pode ressecar ou umidificar demais a terra que serve de base para o cálice. Os monstros marinhos vencendo essa prova as consequências são trágicas. O que também não aconteceu.

Ao ultrapassar essas duas provas: A dos dragões (do ar) e a dos monstros marinhos (da água), Harry Potter, principalmente, e os outros competidores, praticamente mantém o equilíbrio entre os elementos ar e água e, consequentemente, evitam que o cálice e a escola entrem em colapso. Pior para Voldemort.

HARRY POTTER, O CÁLICE DE FOGO E A TERCEIRA PROVA

A terceira, não é bem uma prova, mas uma busca. A busca de si próprio. Tanto que Dumbledore disse aos quatro participantes que mais difícil do que lutar contra dragões e monstros marinhos  era a busca de si mesmo e esse era o grande risco: Perder-se a si próprio dentro do labirinto.

Na verdade, o labirinto significa a busca do centro, do nosso centro, do nosso equilíbrio, mais ainda, do nosso verdadeiro “eu”. E também a perda desse “eu”. Nesse sentido, ele ensina essa via de duas mãos. Entrar e sair do “labirinto”. Perder-se e achar-se. Achar-se e perder-se. Certamente, só Harry Potter não se perde nessa prova.

Salva a vida de Fleur e impede que Cedrico moleste Krum. Depois disso, mesmo sabendo que poderia chegar ao troféu sozinho, ao ver Cedrico em apuros, volta e o salva.

Muito embora Cedrico tivesse dado a ele a oportunidade de chegar sozinho, por tê-lo salvo, ele não aceita e insiste para que os dois cheguem juntos ao troféu.

HARRY POTTER VERSUS LORD VOLDEMORT

Harry Potter e Cedrico caminham juntos para o troféu. Eis que ao tocá-lo caem no submundo, “nas trevas”, região onde Voldemort se sente à vontade. Conclui-se que o troféu nada mais é do que um “portal” que liga o céu ao inferno e vice-versa.

Ali, Voldemort “deita e rola”, como se diz. Volta à sua forma verdadeira, através de Rabicho, que, por sua vez, imobiliza Harry Potter.

Humilha seus discípulos mas, poupa Rabicho.

Por fim, dirige-se a Harry Potter. Diz a ele que dessa vez é diferente, pois pode tocá-lo – e o faz -, o que não pôde fazer da última vez, visto que Harry Potter estava protegido pela mãe.

Trava um duelo com Harry Potter, mas as forças “espirituais”, de sua mãe e de seu pai o protegem, permitindo que ele escape.

Finalmente, leva com muita dificuldade, o corpo de Cedrico morto pela “maldição” (Aveda Kedrava) lançada por Voldemort.

Usa o troféu (“portal”) para voltar a Hogwarts. Por todos esses gestos e ações, Harry Potter mantém “abertos” o contato e a comunicação com o “alto”, com o céu, com o sagrado, com a luz  e com o espiritual, ao mesmo tempo em que salva a escola das “mazelas” de Voldemort e seu grupo.

Sendo assim, Harry Potter pensou primeiro nos seus semelhantes do que em si próprio.

OS LINKS QUE VOCÊ PROCURA ESTÃO AQUI

Em primeiro lugar, se quiser saber mais sobre minhas coletâneas clique aqui.

Por último, querendo se inteirar um pouco mais sobre Harry Potter clique aqui.

Você pode gostar também

Sem Comentários

    Deixe uma resposta