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UM CONTO DE NATAL – PARTE I

Um conto de natal

UM CONTO DE NATAL – PARTE I é um post fundamentado no filme OS FANTASMAS DE SCROOGE – 2009.

Por sua vez, esse filme encontra respaldo no livro de CHARLES DICKENS, intitulado CHRISTMAS CAROL.

A intenção deste post é mostrar o que é uma vida mundana ou profana, comparada com uma vida profana.

VIDA MUNDANA OU VIDA PROFANA

INTRODUÇÃO

EBENEZER SCROOGE  é o tipo do personagem que pode ser enquadrado tranquilamente como tendo uma vida mundana.

Ou, se quiser, uma vida profana.

Viver uma vida mundana é acreditar que esse mundo é um fim em si mesmo. Que tudo começa e termina nele. Que nada existe além dele, e que, por isso, se deve aproveitar o máximo que puder enquanto estiver vivo. Sem nenhum escrúpulo, porque é a única chance que se tem.

Os autores , Thorwald Dethlefsen e Rudiger Dahlke , em seu livro “ A Doença como Caminho” esclarecem bem essa situação vivida por Scrooge.

“Quando as pessoas deixam de interpretar os acontecimentos deste mundo e o decurso do seu destino, suas vidas mergulham na insignificância e na falta de sentido. Para poder interpretar algo, é preciso ter um quadro de referências exterior àquilo cuja manifestação queremos interpretar”.

Assim, segundo sua teoria, Scrooge não tem uma referência externa a esse mundo. Para ele, como já foi dito, o mundo tem início, meio e fim. E só. Por isso, o natal é desprovido de qualquer significado para ele. É um dia como qualquer outro.

Por isso, é de se presumir que, Scrooge vive uma vida mundana e, aprecie e dê valor apenas às recompensas materiais ou terrestres e não tenha grandes virtudes.

Algumas cenas do filme, abaixo descritas, esclarecem muito bem a vida mundana que Scrooge leva.

CENA 1

SCROOGE E A VISITA DO FANTASMA DE SEU EX-SÓCIO JACOB MARLEY

SCROOGE E A VISITA DO FANTASMA DE SEU EX-SÓCIO JACOB MARLEY

Jacob, já falecido, aparece acorrentado e diz algumas palavras a Scrooge que:

– Forjou essas correntes elo por elo, metro por metro.

– Estava cego e que não enxergara a sua própria vida desperdiçada e mal utilizada. Ai de mim!

Também faz uma pergunta e uma afirmação.

– Pode imaginar o tamanho da corrente que você carrega?

– A sua é uma corrente maciça!

Scrooge diz a Marley que ele foi um bom homem de negócios.

Marley, angustiado, responde:

– A humanidade deveria ser o meu negócio!

– O bem comum deveria ser o meu negócio!

– Caridade, piedade, tolerância e benevolência deveriam ser os meus negócios!

Marley alerta Scrooge sobre o fato de que ele será visitado por três espíritos, numa determinada hora, e que essa é a sua esperança de escapar de seu destino.

PEQUENO COMENTÁRIO

É preciso lembrar que as correntes e os pesos que Marley carregava nada mais eram do que o fruto de suas ações mundanas, enquanto vivo.  

CENA 2

Jacob Marley, sócio de Scrooge, pergunta a ele se  acredita no seu espírito. Scrooge responde que não.

– Porque duvida de seus sentidos?

– Porque a menor das coisas pode afetá-lo, responde Scrooge.

– Um desarranjo no estômago pode confundi-lo.

– Você está mais para indigestão do que para fantasma.

Marley se enfurece e pergunta.

– Homem de MENTE MUNDANA acredita em mim ou não?

De medo, Scrooge diz que acredita.

CENA 3

SCROOGE E A VISITA DO FANTASMA DOS NATAIS PASSADOS

Scrooge e o fantasma dos natais passados

Na hora descrita por Marley, chega o primeiro espírito com a aparência de uma vela e uma espécie de chapéu em forma de apagador.

Se descreve como o Espírito dos natais passados.

– Você é o espírito cuja presença me foi avisada? Pergunta Scrooge.

– Sou sim, responde o espírito.

Scrooge pergunta;

– Você pode colocar o chapéu?

O espírito nervoso pergunta.

-Você seria capaz de apagar tão rápido a luz que irradio com suas MÃOS MUNDANAS?

– Não quis ofender, diz Scrooge, assustado.

CENA 4

O fantasma convida Scrooge para viajar aos natais passados.

O primeiro, aconteceu onde foi criado. Ele vê seus amigos passarem numa carruagem e os reconhece a todos. Passam em frente a uma escola, entram, e vêm um menino, que ainda está lá, mas sozinho. Scrooge o reconhece.

No segundo natal, Ebenezer – Scrooge quando novo – encontra sua irmã mais nova. Ela o convida a passar o natal em casa, visto que o pai não tinha mais restrições a ele.

Ainda, em outro natal, Fizziwig, Ebenezer e Dick Wilkins, grandes amigos , organizam uma festa na véspera.

Ebenezer conhece uma moça e ambos se apaixonam. Posteriormente, a mulher o abandona, por causa de sua ambição desmedida.

PEQUENO COMENTÁRIO

Aqui, percebe-se que Scrooge tinha problemas de relacionamento na escola. Seus amigos se divertiam, mas sem ele, que estava sempre sozinho na escola. Scrooge também tinha dificuldades em seu relacionamento com o pai. Uma grande desilusão em sua vida foi ter sido abandonado pelo grande amor de sua vida devido à sua ambição desmedida. Tanto que em uma determinada cena ao ser perguntado pelo sobrinho por que era tão frio.

Em vez de responder , perguntou:

– Por que você se casou?

– Porque me apaixonei! responde o sobrinho.

A pergunta é repetida e novamente o sobrinho responde.

– Porque me apaixonei!

Scrooge dispensa o sobrinho.

Certamente, ficaram mágoas e erros do passado que ele não havia conseguido superar.

CENA 1

SCROOGE E A VISITA DO FANTASMA DO NATAL PRESENTE

O espírito dos natais presentes pede para Scrooge tocar seu manto. Ressabiado, Scrooge obedece. De repente, uma espécie de abismo surge à sua frente. A partir daí, começa a ver sua cidade, do alto.

– Muito estranho, ele diz.

O espírito responde;

– Não são muitos os mortais que ganham uma perspectiva CELESTIAL do mundo dos homens.

Aqui, a ideia é fazer com que Scrooge tire sua vida da insignificância e da falta de sentido e compreenda que sua vida pode ter outro significado e sentido.

PEQUENO COMENTÁRIO

Certamente, a ideia foi fazer Scrooge ver que a vida pode ser vista de outra maneira que não fora aquela à qual se agarrou.

UM CONTO DE NATAL – PARTE II

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